quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Marketing Social

Quero relatar aqui, uma experiência e visão  que estou ampliando sobre determinados assuntos. Um destes assuntos é a questão de ética empresarial, responsabilidade social, filantropia e outros, todos correlacionados.
Trata-se de seminários apresentados por grupos em minha classe, onde guiados pelo Ms. Fabio Camilo, este mestre em vários sentidos e assuntos, faz com que tenhamos outras visões do mesmo assunto. Assim os grupos receberam temas variados, porém com o mesmo fundo social analítico, estes que foram feitos por vários autores de renome e viraram livros ou teses de mestrados.

Ali, temos a dura missão de analisarmos e refletirmos sobre o que é realmente responsabilidade

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Gabeira: As vozes que não se calam

23 de setembro de 2011

Artigo de Fernando Gabeira:

Ilustração: Cadu Tavares
Dados na mesa: a corrupção desviou R$ 40 bilhões em sete anos, R$ 6 82 milhões no Ministério dos Transportes; o Brasil caiu 20 posições no ranking da infraestrutura, segundo pesquisa do Fórum Econômico Mundial – deixou o 84.º lugar para ocupar o 104.º. Mesmo sem precisar o seu peso, é inegável que a corrupção desempenhou um papel nessa queda. Apenas isso seria suficiente para justificar a presença da luta contra o desvio de verbas públicas no topo da agenda nacional.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

MP pede afastamento de Mário novamente

quarta-feira, 21 de setembro de 2011 10:29:44
         
O Ministério Público de Santa Bárbara d’Oeste entrou nesta terça-feira (20) na Justiça com três ações civis por improbidade administrativa contra o prefeito Mário Heins (PDT), a secretária de Administração Ana Leone, o padrinho de Heins, Osvaldo Domingues e três empresas que participaram de licitações na prefeitura, entre elas a Forty Engenharia, responsável pela coleta de lixo e limpeza da cidade. Juntas, as ações somam quase R$ 20 milhões. Também foi pedido o afastamento do prefeito durante o processo e o bloqueio de bens dos envolvidos, acusados de enriquecimento ilícito.
As investigações do MP apontam que os fornecedores sabiam com antecedência que ganhariam a licitação e fraudavam contratos que geravam propina. Todo o dinheiro desviado teria sido utilizado na realização de uma Festa do Peão em 2009, na compra de gado no Mato Grosso e na campanha eleitoral da primeira dama Karen Heins em 2010. Um dos documentos anexados no processo mostra um pagamento de propina no valor de R$ 200 mil que teria sido feito ao prefeito, para liberar R$ 300 mil a mais no contrato da empresa de informática Consist, denunciado pelo ex-secretário de Meio Ambiente Tonhão Salustiano Filho. Em dezembro de 2010, o MP fez uma devassa na prefeitura e algumas secretarias em busca de documentos para apurar denúncias de corrupção no governo.
Este é o segundo pedido de afastamento solicitado pelo MP este ano. No dia 12 de abril, o promotor Hélio Jorge Gonçalves de Carvalho havia entrado com uma ação civil pedindo o afastamento do prefeito, do secretário de Cultura Giovanni Bonfim, do radialista Marcelo Hartman e do procurador jurídico Edmilson Salvador, por conta do uso da rádio municipal Santa Bárbara FM para promover o prefeito e atacar seus adversários, o MP e o Poder Judiciário. O juiz da 1ª Vara Civil, Thiago Garcia Navarro Senne Chicarino acatou parcialmente o pedido de liminar e afastou Bonfim e Hartman, mas livrou o prefeito.

fonte: http://www.novomomento.com.br/sbo.aspx

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Diálogo e construção coletiva


 Paulo Freire  me fez entender o que deve ser trabalhado nas escolas e reuniões, mostra a visão de como abordar e indicar a direção de assuntos e pensamentos, aprofundando do simples vivido no dia a  dia, transformando o  modo de pensar, este que vem de vários anos sendo moldado em escolas dirigidas por governos que mantém a elite dominante no controle e cuidando para que a dominada se mantenha  onde está. Criando o pensamento próprio e fazendo com que o coletivo se forme, assim, entendendo quem está fazendo, porque está fazendo e  quem está ganhando com o que está sendo feito.
Nos diálogos que reproduzimos abaixo, retirados de experiências de Paulo Freire com trabalhadores rurais, é cristalina essa matriz de pensamento:

“- Muito bem - disse eu a eles. - Eu sei. Vocês não sabem. Mas o que eu sei e vocês não sabem?
- O senhor sabe porque é doutor. Nós, não.
- Exato, eu sou doutor. Vocês não. Mas, porque eu sou doutor e vocês não?
- Porque foi à escola, tem leitura, tem estudo e nós, não.
- Por que fui à escola?
- Porque seu pai pôde mandar o senhor à escola. O nosso, não.
- E por que os pais de vocês não puderam mandar vocês à escola?
- Porque eram camponeses como nós.
- E o que é ser camponês?
- É não ter educação, posses, trabalhar de sol a sol sem ter direitos, esperança de um dia melhor.
- E por que ao camponês falta tudo isso?
- Porque Deus quer.
E quem é Deus?
É o Pai de todos nós.
- E quem é pai aqui nesta reunião?
Quase todos de mãos para cima, disseram que o eram.
Olhando o grupo todo em silêncio, me fixei num deles e lhe perguntei:- Quantos filhos você tem?
- Três.
- Você seria capaz de sacrificar dois deles submetendo-os a sofrimentos para que o terceiro estudasse, com vida boa no Recife? Você seria capaz de amar assim?
- Não.
- Se você – disse eu - , homem de carne e osso, não é capaz de fazer uma injustiça desta, como é possível entender que Deus o faça? Será mesmo que Deus é o fazedor dessas coisas?
Um silêncio diferente, completamente diferente do anterior, um silêncio no qual algo começava a ser pratejado. Em seguida:
Não. Não é Deus o fazedor disso tudo. É o patrão.”
O aprender com o outro, no diálogo com seus semelhantes, ensina Paulo Freire: “ninguém educa a ninguém, ninguém tampouco se educa sozinho, os homens e as mulheres se educam entre si, mediatizados
pelo mundo.”

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Alfabetização e conscientização

 
Paulo Freire

O Brasil deve a Paulo Freire a inclusão na categoria de lutadores sociais de milhões de brasileiros e brasileiras que compreenderam o que é ser sujeito de sua própria história. Permitiu a um número expressivo de pessoas que pertenciam aos “de baixo” enxergarem–se como agentes transformadores na busca por uma sociedade mais justa e igualitária. Deu-lhes a chance de escolher seu próprio caminho, em vez de ficarem sempre presos às alternativas impostas pelas elites para perpetuar sua dominação de classe e a brutal exclusão social que sofrem os trabalhadores no Brasil, e em toda periferia capitalista.

Não é à toa que os interessados em manter seus privilégios e a alienação do homem e da sociedade brasileira viram logo no seu “método” um perigo iminente à manutenção do status quo, uma ameaça sem precedentes a seus valores e instrumentos de dominação, uma verdadeira “subversão da ordem”, pois se tratava não só de alfabetizar com rapidez e eficácia, mas, estimular o processo de conscientização. O medo das elites se agravava quanto mais crescia a aceitação de sua metodologia. Freire se refere a este fenômeno afirmando que “se não tivesse sido interrompido pelo golpe de 64, naquele ano, deveria estar em funcionamento vinte mil círculos da cultura em todo país”.

Paulo Freire como intelectual orgânico e, mais do que isso, como um militante político, ao colocar seus conhecimentos em prática, valorizando o homem do povo, aprendendo com a vida, formando educadores engajados e respeitadores da experiência e da sabedoria popular, transformava valores, atacava a meritocracia, o autoritarismo e a hierarquização nas relações. Subvertia a ordem do poder dominante, da lógica do lucro, dos ricos, valorizando o homem e a natureza.

Nesta passagem do seu livro “Educação como prática da liberdade” encontramos uma pequena síntese de porque o pensamento de Paulo Freire amedrontava aqueles que têm pavor do “despertar” das massas:

“Como explicar que um homem, analfabeto até poucos dias, escreva palavras com fonemas complexos antes mesmo de estudá-los. É que, tendo dominado o mecanismo das combinações fonêmicas, tentou e conseguiu expressar-se graficamente como fala.

A afirmação que nos parece fundamental de ser enfatizada é a de que, na alfabetização de adultos, para que não seja puramente mecânica e memorizada, o que se há de fazer é proporcionar-lhes que se conscientizem para que se alfabetizem.

Daí à medida que um método ativo ajuda o homem a se conscientizar em torno de sua problemática, em torno de sua condição de pessoa, por isso de sujeito, se instrumentalizará para suas opções.

Aí então, ele mesmo se politizará. Quando um ex-analfabeto de Angicos, discutindo diante do presidente Goulart e sua comitiva, declarou que já não era massa, mas povo, disse mais do que uma frase: afirmou-se conscientemente uma opção. Escolheu a participação decisória, que só o povo tem, e renunciou a demissão emocional das massas. Politizou-se.”


Fontes de Consulta:
FREIRE, Ana Maria Araújo. Paulo Freire: uma história de vida. Indaiatuba,SP: Villa das Letras, 2006.
SOUZA, Ana Inês. Paulo Freire – Vida e obra. São Paulo: Expressão Popular, 2005.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. São Paulo: Paz e Terra, 2007.
_____ Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
_____ Pedagogia da esperança: um encontro com a pedagogia do oprimido. 11ª. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
_____ Educação na cidade. 5ª. Ed. São Paulo: Cortez, 1995.
_____ Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

sábado, 13 de agosto de 2011

Vamos mudar???

Estava assistindo TV, quando passando pelos canais, me deparei com o jornal mostrando a briga de alunos e professores de nível superior com a policia, os estudantes chilenos saíram às ruas para exigir educação pública de qualidade em protestos mobilizados por estudantes e professores de todas as faculdades, bem diferente do Brasil, aqui fazemos movimentos em relação a marcha heterossexual e maconha.
Todos que são desrespeitados, por motivos como cor, raça, opção sexual entre outros, devem lutar sim, porém, o movimento Chileno, mostra se muito mais apropriado neste momento, guiado pelo coletivismo, talvez criado a anos atrás, quando em 1990 o Chile resolveu investir em educação, utilizando boa parte de seus recursos com medidas voltadas a está área, como 08 horas de estudos nas escolas para os alunos, troca a cada cinco anos das diretoras das escolas, melhores salários, bolsas voltadas a todos ou boa parte dos alunos, fiscalização das entidades educacionais etc...
Com estas e outras ações, o Chile um pais bem menor que o Brasil, vem se desenvolvendo e crescendo, aumentando o investimento de seu PIB de 3,5% para 6% na educação, enquanto o Brasil se mantém com 5%, talvez este se torne um meio para alcançar a melhorias e o tal desenvolvimento social, econômico e de pensamentos que almejamos.
Então vem a pergunta” Se temos exemplos aqui na America do Sul de desenvolvimento, porque não seguimos e melhoramos também???”
A resposta, será bem mais obvia, os donos do Brasil, tem medo do poder que será dado ao povo, como controlar um povo, que sabe dos seus direitos e os deveres do governo, um povo com pensamento próprio e critico, onde lutarão por benefícios de todos, não só de um, sabendo se as atitudes dos governantes são viáveis e se seguem uma linha de propostas que devem ser seguidas.
Assim, termino este texto, pedindo para que você, como leitor consciente e formador de opinião, perceba o que os donos do Brasil estão fazendo e trabalhe para que isso mude, divulgando e mostrando aos outros, o que está se formando nosso Brasil, e vamos mudar isso, vamos mobilizar a comunidade onde vivemos, desde nosso lar, nosso trabalho, escolas, igrejas, amigos e faculdades, devemos fazer um movimento social, que deve fiscalizar os governantes e comunicar as varias áreas sociais, para que de um modo geral, todos se alinhem a causa, esta que deve ser boa e adequada para todos. Enquanto não for bom pra todos, não será bom para nenhum.
“ Tais grupos poderiam eventualmente aglutinar-se num movimento universal, contribuindo poderosamente para o desenvolvimento dos indivíduos e a melhoria das instituições políticas. Mas é preciso evitar qualquer tentativa de criar uma uniformidade de pensamentos nesses grupos. Os seres humanos devem reunir-se não para impor, mas para questionar. A verdade dispensa o auxílio de multidões comandadas.” (William Godwin), Woodcock, George, 1912-1995. História das idéias e movimentos anarquistas-v : tradução de Júlia Tettamanzy. – Porto Alegre : L&PM, 2010 pag.86 )
Beto Polezi

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Criativo, respeitoso e livre


                                                     Operários, obra modernista de Tarsila do Amaral

Vamos falar um pouco sobre um assunto de interesse de todos os trabalhadores e empresários, a carga horária.

Desde a revolução industrial, onde eram trabalhadas cargas de 12, 16 ou até 18 horas estamos vendo a evolução desta área, que afeta o empresário, que quer pagar menos impostos e obter o melhor resultado referente a seu grupo de colaboradores, os trabalhadores que querem trabalhar com dignidade, sem esquecer  de suas famílias e dele mesmo e os políticos que podem dar inicio a esta mudança, diminuindo impostos a quem contrata pessoas por cargas de seis horas, aumentando conseqüentemente o numero de vagas de trabalho e acabando ou diminuindo com o desemprego.

Estudos  mostram, como o pico da fadiga afeta o trabalhador, causando acidentes e diminuindo sua participação no trabalho, quando se aproxima do horário do almoço quase que 30 minutos, depois quando retorna da uma hora de almoço ao trabalho, tem uma   demora a voltar se o ritmo  normal, de aproximadamente 30 minutos e tendo por seu final, mais meia hora antes de terminar seu período de trabalho, assim totalizamos 1 hora e 30 minutos de  picos de fadiga, claro sem contar a 1 hora de  descanso em um total de 2 ou 2 hora e 30 minutos.

Como base neste modelo, podemos  seguir nosso pensar e avaliar a possibilidade de um novo horário de trabalho, este que seria de seis (06) horas diárias, podemos fazer isso devido a soma do tempo perdido em um dia de trabalho, mostrado no exemplo dos estudos, onde com os picos de fadiga dão uma queda ao rendimento gritante, enquanto com a carga horária de seis horas diárias, mostra se enxuta e sem queda de rendimento.

O melhor de tudo que falei é que por lei, nas seis horas,  estamos seguindo a legislação corretamente sem cometer atrocidades com colaboradores, simplesmente  dando  um intervalo para um lanche de 15 minutos, para o descanso  e alimentação, um café da tarde ou um  lanche da noite.

Tudo isso já existe, e é aplicado em países desenvolvido,  onde seus representantes  andam em igualdade de pensamento com seu povo, fazendo assim, escolher coisas mais proveitosas a massa e diminuindo ou exterminando com o desemprego, dando dignidade a todos em sua pátria, diminuindo criminalidade, pobreza e desigualdade.

Temos que aplicar aqui este modelo, tudo se torna informatizado e automatizado, eliminando o trabalho do homem, ou começamos a ter está visão, ou seremos tecnologicamente evoluídos e desempregados. Que às 02 horas a mais no dia do trabalhador, possam ser usada para estudos nossos e dos nossos filhos, no aprofundamento do conhecimento do trabalho dos políticos, criar uma visão critica, se tornando um ser pensante e questionador da sociedade, saindo das amarras da escravidão do aceitar sem questionar, amante das artes e tornando se criativo, respeitoso e livre.

Beto Polezi.

“Sou um amante fanático da liberdade, considerando-a como o único espaço onde podem crescer e desenvolver-se a inteligência, a dignidade e a felicidade dos homens; não esta liberdade formal, outorgada e regulamentada pelo Estado, mentira eterna que, em realidade, representa apenas o privilégio de alguns, apoiado na escravidão de todos; não esta liberdade individualista, egoísta, mesquinha e fictícia, enaltecida pela escola de Rousseau e por todas as outras escolas do liberalismo burguês.” (Michael Bakunin - Texto “Quem sou?”, publicado na Revista “Pense - Século XXI”, edição de outubro de 2003)